novembro 12, 2004

Simulação


Simulando teias...
Ficam restos de ternura pelo meio
Ao simular deixo de ser eu...
Tornando-me num mísero !
Sobre as teias de traição...
Em que nada ganho !

Fico cego ...
Um subconsciente falso,
Uma consciência...pura...mas deturpada,
Vem a loucura,
Fica o vazio...mais nada !

E agora perdido...e só,
Onde grito...silenciosamente
No escuro que me acompanha
A solidão estremece...e sente
A dor que me atravessa os ossos,
E nas veias do meu sangue sujo,
Galopam toiros chacinados
E assim me sinto crivado
Destas palavras-balas...

Porque as gentes, não perdoam
Por um dia ter Simulado !
Não tenho nome...
Nem retrato...
Meu corpo jaz...mas anónimo !

By: Finúrias

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