Hino ao Ministério (parte 3)
Estava eu a cagar na malta
Quando pela net resolvi andar
Parecia que sentia a falta
De ter um spot onde ir cagar
Lá encontrei, enquanto navegando
Um cantinho confortável e acolhedor
O resto do pessoal tava cagando
Pró que se passava em seu redor
Para melhor espicaçar a malta
Havia dois gandas malucos
Que de merda não têm falta
E por isso armam-se aos cucos
É que esta merda é toda deles
E todos nós gostamos de cá vir
Cagar sentença e cagar neles
Aqui as palavras podem fluir
Tal como a bela prosa, pois então
Há aqui bué da merda, é em barda
Porque no grande Blog do Cagalhão
Uma pessoa tudo espera tudo aguarda
Caso tenha dúvidas ou se engane
O Tozé o o Finúrias contactará
Pode ser que assim não se trame
Porque então a merda não fluirá
Uma oferta do amigo Morsa
Estava eu para me ir deitar
Ao meu lado uma gaja toda nua
Aparece o Toze para informar:
"O Hino à Soltura continua"
Digo eu à boazona do meu lado:
"Olha, filha, primeiro vou cagar"
Vim logo cá com grande enfado
Para mais umas bostitas largar
Vi que isto já ia na parte três
Tanta coisa já cheira a diarreia
Mas como sou um poeta português
Não podia ficar de tripa cheia
Fica a perder a minha cagadeira
Se toda a merda eu largar por cá
Mas quando o meu cu daqui se abeira
Não se quer ir sem cagar o que há
Que mantêm a porta disto abertinha
A dizer que sentia falta da cagadinha
Vamos então ao que é importante
E depois deito-me com quem me espera!
Qual é a coisa mais interessante
Quando se anda pela blogosfera?
A resposta é muito simples:
Interessante é ir à Soltura
Para quem gosta desta merda
Aqui é só fartura!
Caga, caga, caga, caga
vai cagando ainda em paz.
Qualquer dia imposto paga
a merdinha que se faz.
À sanita vai d´assalto
vai cagando enquanto podes.
Mas não peides muito alto
se não ainda te ...prejudicas.
Se o gasóleo paga imposto
e o feijão imposto paga,
só falta pagar imposto
a merda que gente caga.
Mas quando eu for Presidente
acabo com as coisas espúrias.
Tudo irá ser diferente
com o meu assessor Finúrias.
E o direito a cagar
vai ser constitucional.
Ninguém se vai limitar,
cheire bem ou cheire mal!
na arte de bem cagar
importa cuidar da rima
não vá o diabo tecê-las
e cair a merda em cima...
falar de merda não é o meu forte
já bastam as conversas dos clientes
e a merda da minha sorte
sempre a aturar inconvenientes...
mas faço um esforço para o Ministério
este blog tudo merece
até desvendar o mistério
da merda que aqui transparece
é tudo de boa vontade
para o meu Fifas querido
seja mentira ou verdade
o que escrever será lido.
A malta anda praqui
A arrear o seu calhau
Seja ele de cor caqui
Seja ele cor de pau
Esqueceram-se de mim
O Morsa, pois então
Minha merda não cheira a jasmim
Cheira antes a cotão
Pois então aqui deixo
Minha diarreia blogueira
Porque eu nunca me queixo
De tão deliciosa caganeira
Porque a malta poveira
Merece disto e muito mais
Seja uma grande caganeira
Devemos é assentar arraiais
Tem que ser no Ministério
Que o je solta o seu cheiro
Tenho é que ter critério
Logo há que pensar primeiro
Porque a concorrência é de peso
Adriano, Peciscas e Gato
Mas aqui o Morsa é teso
Não fazem de mim gato-sapato
Deixo aqui para o Finúrias
Mais uma poesiazita de merda
Amigo, deixa-te lá de penúrias
Que aqui a malta não é lerda
E de resposta pronta tal qual cavaleiro andante
Que aqui a malta não é lerda?
mas quem insinuou que era?!
se não param de dizer merda
saiam já da blogosfera!
Quanto ao Morsa aviso já
que a afronta não é pessoal
pois não é pessoa má
e trato-o como um igual
Só necessito intervir
quando há agressão verbal
para as injustiças impedir
e o Ministério não ficar mal
É que o Finurias é amigo
tal e qual é o Tozé
e pode contar comigo
para sempre ai eheh!
Não se fez tardar a resposta do Morsa
Não pretendia ofender
Cavaleiros e amigas
Pretendia antes fazer
Uma rima das antigas
Palavras leva-as o vento
Stresses com elas irão
Tudo aquilo que eu tento
É afastar a má disposição
Por isso senhor cavaleiro
Amigo de boa gente por sinal
Mande a azia pró galheiro
Que não escrevo nada por mal
Não houve injustiça alguma
Nas palavras que escrevi
Ofensa se houve foi uma
E foi contra mim que eu vi!
Não o levo a mal na desdita
Porque sei não me conhece
Saiba então que não faço fita
Porque aqui ninguém o merece
Um abraço para si é enviado
Para todos os que aqui vêm também
Peço desculpa pelo enfado
Mas isto a mim não cai bem
E vai que na volta entra o gladiador, tal qual cavaleiro andante
Pois então amigo Morsa
que sincero me parece
desculpo-me se fiz mossa
pois sei bem que não merece
Na verdade apenas queria
saber quem havia dito
que aqui no ministério
havia algum lerdito
lerdinhos não somos nós
nem burros, chatos ou tolos
também não somos totós
nem sequer somos parolos
sou apenas um leitor
deste blog fedorento
e transformo-me em gladiador
para defender este monumento!
E de novo o amigo Morsa em resposta:
Ao amigo cavalheiro digo
Que o gesto só lhe fica bem
Porque aqui tem um amigo
Como pouca gente sabe que tem
É que eu sou um tipo manso
Até me pisarem os calcantes
A mim ninguém come por tanso
É melhor tomarem calmantes
Sendo que a situação tá sanada
Deixo aqui no nosso Ministério
Um pedaço de merda nada aguada
Que deverá usar-se com critério
Com este cumprimento vos deixo
Até amanhã cá nos encontraremos
Porque de diarreia não me queixo
Em uníssono uns peidos soltaremos
prontamente respondido por, tal cavaleiro andante
encontrar-nos-emos pois
com toda a prosopopeia
e rir-nos-emos os dois
desta quase epopeia
pois que amigos nos tornou
com tão pouco em comum
além deste cagalhoum
não me lembro de nenhum!
devo a este ministério
uns momentos de lazer
pois que não é mistério
o que cá vimos fazer
trocar risos, galhardetes
comentários e até versos
não lembrava aos coquetes
os sintomas adversos!
Dor de barriga causada
por demasiado rir
é sonora a gargalhada
que hoje me leva a partir!
De volta à desgarrada entra a amiga Ivamarle
agora deu-nos para versejar
neste canto da blogosfera
falar de merda a rimar
que será que mais nos espera?
às 11 já os olhos não abrem
tenho pena de não conseguir
mas sei que vocês também sabem,
o quanto preciso de dormir.
gostava de vos acompanhar
nesta brilhante desgarrada
passar a noite a disparatar
até ser já de madrugada.
mas o trabalho e o patrão
retiram-me a liberdade
de rimar no Cagalhão
até perder a vontade.
vou dormir que tem de ser,
e é com muita pena minha
que vos deixo a conviver
e a beber uma caipirinha.
que o Fifas as prepara bem,
já se pôde constatar
e o que cozinha também
já pudemos degustar.
Olha que porra, então?
o que é que tem a vêr,
o Ministério do Cagalhão,
com a arte de bem comer?...
Eu limito-me a ler sentadita
Não tenho tempo para mais
Esta coisa da sanita
Tá pior que os jograis.
Volta ao ataque a nossa Ivamarle:
Nem mesmo esta constipaçoum
Me impediria de vir cá ver
O que no blog do Cagalhoum
Se anda por aqui a dizer
Se continuaria ou não
A dissertação sobre “o dito”
Pois o blog do cagalhão
Também sabe ser erudito.
De que falais agora senhores,
Das glórias, ou da falta delas?
Das angústias ou dos amores,
Ou de moças jovens e belas?
A merda tem que se lhe diga
É assunto pertinente
Neste país à antiga
Onde a gente anda contente...
Contente e a besuntar-se
Neste lodo traiçoeiro,
E a merda é o disfarce
Para esconder o cagueiro.
Às vezes é menos a trampa,
Que nos sai do nosso recto
Que a que sai da garganta
Do “politicamente correcto”
Já se acabou a inspiração
Para escrever mais umas linhas
Deve ser da constipação,
Ou da falta das caipirinhas.
Até amanhã gente sem medo
De dizer o que vai na alma
Eu tenho de levantar cedo
E dormir para continuar calma.
Escrevo, apago e volto atrás
Que a rima já perdeu gana
Muito pouco me apraz
Mas tenho de ir para a cama.
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