março 29, 2007

Leituras

“O cabrãozito do puto continua a fugir-me, a rebelar-se (tal pai tal filho). Com desvairadas manhas e mentiras. Veremos as que hoje me traz, pois agora não o largo debaixo de olho. Mandei-lhe de manhã ir levantar o depósito duma garrafa (2$00, se tanto) ali ao supermercado e levar-me depois a massa à paragem dos autocarros. Fazer as nossas camas, depois. Nada. Logo, se não arranja desculpa, álibi que preste, ponho-o a jejum – o que até convém porque o dinheiro nicles.”

In: “Diário Remendado” (1971-1975) Luiz Pacheco

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