Fez-se silêncio. Os olhos evitaram-se. Sabiam que qualquer encontro directo seria fatal. Fatal mas inadiável. Viravam-se lentamente como se cada segundo durasse uma hora. “Não abras os olhos” disse ele, num murmúrio quase inaudível “depois o sonho acaba-se”. Ela não respondeu. Mas mantendo os olhos fechados com uma curiosidade imensa pensou: “E se abrir, que vai acontecer?”
Continuaram a virar-se. Frente a frente, de olhos fechados: “Posso abrir?”
“Queres que acabe o sonho?”
“Não, mas quem te disse que vai acabar? Vá, experimenta, vamos contar até três e abrimos ao mesmo tempo”
“1... 2...3”. Abriram os olhos. Explodiram.
Continuaram a virar-se. Frente a frente, de olhos fechados: “Posso abrir?”
“Queres que acabe o sonho?”
“Não, mas quem te disse que vai acabar? Vá, experimenta, vamos contar até três e abrimos ao mesmo tempo”
“1... 2...3”. Abriram os olhos. Explodiram.
Words By: Silence
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