maio 18, 2009

Até já Miguel de Castro


(1925 - 2009)
Subiste ao meu pescoço de repente
E, sôfrega, beijaste-me na boca.
Foi numa tarde azul... julguei-te louca!
Na rua passeava tanta gente!
Depois, do mesmo modo irreverente
Sussuráste o meu nome com voz rouca,
E de novo senti a tua boca
Deslizando, molhada, a língua quente...
Alugámos um quarto na cidade
Donde se via o mar com velas brancas,
E amei-te, devagar, o corpo nú...
Foram dias de ardente felicidade.
Tinham curvas sensuais as tuas ancas,
Era belo o relevo do teu cu!
Miguel de Castro

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