maio 05, 2008

A vida é nada mais do que uma jornada entre dois mundos. O nosso, o mundo dos vivos. E o mundo dos outros, os que já morreram. São dois mundos separados. Ainda não podemos ver o outro mundo, e mesmo que quiséssemos não o conseguiríamos. Isso não é para nós. Mas há alguns que quando se estão a aproximar do outro mundo, conseguem vislumbrar coisas nele que se aproximam do nosso. Mas para isso é preciso estar-se perto da morte. Só esses conseguem ver. Todos temos alguma coisa do outro mundo dentro das nossas casas, que por alguma razão se aproximou de nós, alguma coisa ou alguém que não aceita, ou não percebe que morreu. Só não admitimos essas presenças por medo. Não importa onde morreram. Nem sequer onde viveram, é muito mais simples que isso. Limitam-se a ficar perto das coisas que amaram. É o que os conserva cá. Sempre que apagarem as luzes, fiquem atentos aos sons, aos sinais que possam surgir, é natural que vos faça tremer ao passar. Habituem-se ao escuro, é uma outra claridade. Com muita sorte, talvez consigam assistir à vossa própria morte.

2 comentários:

Mónica disse...

almas penadas :DDDDD acreditas em cada uma!

Toze disse...

Tenho dias :))))