Tinha as mãos perdidas no ar, que se tornava rarefeito à medida que os minutos dançavam no seu dia.
Lá fora a noite era a escuridão da sua vida, os problemas que deixava quando em bicos de pés sonhava com um outro mundo…aquele que era o seu e não o que lhe impunham.
Aqui, neste palco em que os holofotes brilhavam para si, apagava a mentira dos dias, rabiscava emoções profundas, enfeitava os sonhos de quem a via…
E os seus pés eram asas que a faziam voar em torno de um arco-íris que só ela conseguia inventar, o seu corpo debitava música e ondulava vagabundo, o seu pensamento leve como o ar em que se tornava, o seu sorriso transparente como a água que escorria livre nas mãos que a abraçavam…
…custava-lhe apenas ter de pousar (novamente) os pés no chão!
Dsafio aceite por Carla
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